É nestes dias chuvosos, solitários e tristes que normalmente teimamos em relembrar tudo aquilo que já tivemos e que perdemos por diversos motivos. É nestes dias, que me apetece enfiar debaixo dos lençois e nunca mais sair de lá. É quase como se estes dias negros e sem sol fossem a fotocopia de uma parte da minha alma, aquela que ainda tem as feridas por curar e as cicatrizes mais recentes de uma vida de altos e baixos. A chuva bem que poderia representar as lagrimas que não deitei e que queria ter deitado, as lagrimas que contive de modo a que todos pensassem que era forte e resistente, é como se o céu fizesse por mim aquilo que queria e devia ter feito.
É nestes dias que o passado volta a assombrar-me, e que as saudades voltam a apertar, e que a vontade de abraçar e dizer o quanto são importantes para mim aqueles que um dia estiveram ao meu lado todos os dias.
Sinto falta de palavras, de gestos, de sorrisos e de lagrimas, sinto falta de sentir aquele sentimento de missão cumprida, sinto falta do sentimento que nos dá alento para enfrentar cada dia da nossa vida.
Dava tudo para poder voltar atrás, não para remediar aquilo que fiz de errado, mas para viver uma ultima vez tudo aquilo que de bom me aconteceu. São demasiadas as coisas que me fazem querer voltar, e são demasiado poucas as coisas que me fazem querer ficar aqui. Necessito de me sentir vivo, e não como se fosse apenas um corpo a vaguear por este mundo.
É nestes dias negros que tudo vem ao de cima, e nos sentimos mais sozinhos, e olhamos pela janela e perguntamos: " O que é que eu vou fazer da minha vida?"...
Tenho saudades de tudo aquilo que já tive, mas principalmente, tenho saudades da imensa felicidade que o meu eu do passado tivera..
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