quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Saudades

Engraçado como por vezes caminhar ao longo de estradas sem fim e observar com toda a nossa atenção tudo o que nos rodeia, consegue trazer-nos memorias que pensamos não mais existirem. O simples som de um comboio, ou ate mesmo o som banal de um pássaro a cantar nos pode trazer memorias que ficaram empoeiradas e esquecidas no fundo da nossa mente.
Pela primeira vez em muitos anos, recordei novamente o meus tempos de infância, momentos que não vão voltar, momentos que podemos apenas recordar através daquilo que retemos dentro da nossa massa cinzenta. O facto de um grupo de miúdos com idades entre os 3 e 5 anos despertou em mim um sentimento de nostalgia do qual não estava à espera, fez-me recordar momentos em que era feliz, feliz no verdadeiro sentido da palavra, feliz porque tinha tudo aquilo que precisava, tinha varios amigos (que importa se eram verdadeiros ou não?), tinha uma namorada por dia, não tinha desilusões, não tinha problemas financeiros, não tinha nada do que a vida me está a dar agora. Problemas.
Lembro-me tão bem de dizer sempre à minha mãe que não queria crescer, que queria ficar menino para sempre, tal como o peter pan...
Oh momentos maravilhosos, em que nós crianças não tinhamos a consciencia de nada, tal como nos diz o nosso Fernando Pessoa, e por vezes tenho que concordar com ele, porque por vezes ter consciencia das coisas é sinonimo de sofrimento ou desilusão.
Como era saborosa a incosciencia da infancia...
Como eu gostava de voltar atrás...
Como eu gostava de poder voltar aquela epoca e deixar esta para trás e ser novamente inconsciente..

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